Um esquema de dueto, é a iteração/sincronização entre dois corpos e a musica. A imensidade de movimentos é infinita. Podemos através dos movimentos prolongar um corpo, como se só uma atleta se tratasse, podemos encaixar os corpos e criar uma espécie de" lego", entre ligar movimentos, podemos fazê los em simultâneo, em espelho, em harmonia em cumplicidade, em força, é um desafio permanente....
Começo por coreografar um dueto escolhendo a musica. Esta deve se adaptar ás atletas e dar me muita inspiração, temos de gostar em conjunto. Só assim consigo criar um elo entre mim e as próprias atletas. Elas têm de senti la e eu de ter motivação necessária para poder criar!!.
Depois da música escolhida, coreografo as sequenciais de pernas, sempre muito bem marcadas na música, e o mais original possível. Vou deixando espaço para colocar, mais tarde, os braços e as saídas.
As sequências de pernas são feitas pelas três .. eu e elas. Deixo sempre que inventem movimentos que gostem, depois cabe me a tarefa dos "ajeitar" a meu gosto... mais rápido, mais fortes... ponho um pé assim , uma perna mais flectida ..etc... Mas tento sempre que me ajudem na construção, para que se sintam mais ligadas ao esquema.
Guardo sempre para o final, uma sequência de pernas forte, tal como faço nos esquemas de equipe, ou simplesmente uma saída de pernas (trust), seguidamente a uma parte forte, mas ligeiramente mais pequena, relativamente ao final só de pernas.
Seguem se as saídas de pernas, tento sempre inventar uma feita pelas duas, em que uma das atletas suporta a outra por baixo de agua . Esta saída pode ser de rosto fora de .agua, ou o inverso, a atleta sai de pernas, ficando sempre a outra por baixo de água a suportar o peso da que sai a superfície.
Invento saídas de trust, em que as duas saem simultaneamente com as pernas fora de água ficando, o corpo submerso. Em paralelo as saídas de pernas trato de colocar os Boost, saídas fora de água da cintura escapular. Devem ser o mais original possível, sempre respeitando o tema musical.
Fica só a faltar coreografar as sequências de braços, as quais devem seguir o tema musical, variando ao máximo, tanto na posição vertical como na horizontal.
Os braços devem ser a expressão da musica, assim como a parte expressiva (rosto), cada vez mais importante nos esquemas. É com ela que o publico interage, tirando partido de toda a harmonia do próprio esquema.
Por fim, coreografo a parte fora de água, sempre dentro do tema da música, e consecutivamente invento as vénias; de apresentação e afinal.